sábado, 10 de abril de 2010

SEIS POR MEIA DÚZIA


Há décadas discute-se se o jornalismo chamado de literário é mesmo jornalismo ou literatura. Outra: crônica é jornalismo ou literatura? Bem, se eu for buscar tais assuntos... Mas o que me leva a publicar esta postagem são as minhas velhas e boas observações sobre o brilhante e - as vezes - obscuro bastidor do jornalismo a que tenho contato. A linguagem do telejornalismo também é um tema discutido exaustivamente por teóricos da comunicação e por aqueles que fazem telejornalismo. Venho observando, no entanto, que um excesso de cuidados - assim eu avalio - vem sendo dado no texto que vai ao ar. Percebo que determinados termos já vistos e ouvidos em grandes telejornais do país são execrados do dicionário televisivo local. O que denota é uma falta de crença do jornalista sobre o que o telespectador consegue assimilar. Talvez seja a velha mania da imprensa em achar que o seu público é ignorante demais para compreender determinadas palavras ou frases. A imprensa esquece que também pode e deve colaborar com a educação, o do ensino didático mesmo. Outra ocorrência comum é o repórter escrever seis e o editor corrigir para meia dúzia. Coisas de vaidade. Será?

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