sábado, 10 de abril de 2010

CONJUGANDO O VERBO APURAR



Confesso: sempre acreditei que informações deveriam ser pensadas, discutidas, enfim, analisadas de todos os ângulos possíveis. Mas é tão interessante - pra não dizer espantoso - como muitos profissionais de imprensa se tornaram, ao longo de anos de trabalho, aparentemente pouco reflexivos. São agitados demais, falam demais, reproduzem em alta velocidade as palavras e deixam no ar a lembrança de um velho ditado: "a palavra é de prata e o silêncio é de ouro". Se queremos qualidade, como fazer isso a 200 km/h nas redações de hoje. Muitos - principalmente os que já chegaram ao cargo de chefia - tentam nos fazer acreditar que o ritmo é esse mesmo e a máxima é "produza, produza, produza", facilitando o aparecimento de erros, dúvidas e angústias para quem esta envolvido com a profissão. Três, quatro e as vezes mais matérias. Edição de quatro, cinco até mais matérias, tudo em questão de uma ou duas horas. As redações parecem muito mais com uma grande prensa que, ao apertar o botão, cospe dezenas, centenas de parafusos, todos igualzinhos. E o "apure, apure e apure"? Quando foi riscado dos manuais de bom jornalismo? É de se pensar, caros colegas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário